Essa manifestação faz parte de um “flash mob” (mobilização instantânea) que já aconteceu em várias cidades do mundo todo: o No Pants Day (Dia Sem Calças). A manifestação consistia em reunir um grupo grande de participantes, sem fins lucrativos ou políticos, em diversos vagões do metrô, agindo naturalmente... sem calças!
As instruções de como deveriam se comportar, os limites de suas roupas de baixo (para que não fossem presos) e dicas de como não rir diante dos observadores curiosos, foram transmitidas junto com mais normas em um site, e em uma reunião antes do evento. 400 pessoas que nunca se viram na vida, inclusive de outras cidades, se encontraram num parque, arrancaram suas calças (ui!) e pegaram o metrô (veja fotos).
“Pra quê ?” – você deve estar se perguntando. E os organizadores do evento respondem: “o objetivo é ficar confortável e levar o inusitado para a vida das pessoas, bom humor, deixá-las feliz”. Bem, pelo menos a descontração eles conseguiram levar ao metrô, e muita gente teve uma quinta-feira-pós-expediente muito mais engraçada... e sem calças!
Flash Mobs
Cada vez mais os “flash mobs”, como o No Pants Day, tem se tornado uma febre ao redor do mundo. Grupos se recrutam e se organizam via internet, por e-mails, sites e comunidades, combinam locais de encontro, e simplesmente agem!
A diferença de uma manifestação organizada para um “flash mob”, consiste no fato de que a adesão ao manifesto é espontânea, e geralmente só se conhece o tamanho do evento (quantos participantes) na hora em que ele acontece. A maneira como ele é “organizado” também é um diferencial: de forma impessoal e viral, o convite se espalha por mídias eletrônicas.
Outras manifestações interessantes já aconteceram, como o Pillow Fight São Paulo – uma gigantesca guerra de travesseiros (aprox. 1500 participantes) que aconteceu no Obelisco do Ibirapuera, e o Subway Party – semelhante ao No Pants, mas as pessoas invadem um vagão do metrô, trocam presentes, e literalmente, montam uma festa!
Em Nova Iorque, um grupo de pessoas se reuniu em uma loja de tapetes, ao redor do tapete mais caro disponível, e começaram a discutir sobre a beleza, funcionalidade e preço do produto. Todos foram orientados a responder, caso algum vendedor perguntasse, que eles eram moradores de um galpão da cidade e que precisavam de um tapete para decorar o local... e como eram muito unidos, a decisão de compra teria que ser tomada em conjunto.
Importância Social
Os “flash mobs” tem ganhado uma importância social muito grande por serem rápidos e práticos, e reunirem uma grande massa que pode se dispersar rapidamente.
Por isso, a diversão nem sempre é o foco destas manifestações, como aconteceu na Bielorússia em 2006. Contra uma Lei do governo deste país que proibia qualquer tipo de manifestação organizada, a população foi convidada a se reunir no centro da capital para tomar sorvete. Uma manifestação pacífica, mas que mostrou a insatisfação do povo perante esta Lei.
Na Espanha, após os atentados terroristas de 2004, SMSs foram enviados por todo o país convidando os cidadãos para uma manifestação em memória dos atingidos. Conhecida como “La Rebelion de los SMS”, a manifestação reuniu de forma espontânea um enorme grupo de pessoas dois dias depois, no mesmo local dos atentados, onde protestaram contra o governo que ocultava dados sobre o incidente.
E você? Já teve alguma idéia de algum Flash Mob? Vamos colocá-lo em prática?
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